A Supervia deixou de investir em pelo menos cinco setores do plano de concessão e que pode explicar o motivo dos problemas nos trens e vias operadas pela concessionária.
Segundo um relatório da Agetransp, publicado pelo RJ2, a Supervia falhou em cinco itens do plano:
- Reformar e adequar à acessibilidade 48 estações;
- Modernizar as subestações e revitalizar a via;
- Instalar o sistema de sinalização ATP, que controla a velocidade dos vagões;
- Construir novos pátios e duplicar o trecho Gramacho – Saracuruna;
- Substituir equipamentos e melhorar os trens no trecho Saracuruna – Guapimirim.
A concessionária deixou de realizar os investimentos previstos no contrato de concessão e foi multada pelo descumprimento de cada item, totalizando mais de R$ 2,2 milhões referentes à primeira fase do plano de investimentos.
Segundo o documento, a Supervia não cumpriu nos últimos 10 anos os investimentos necessários na estrutura que estavam previstos no contrato de concessão assinado com o estado em 2010.
A concessionária alega que enfrenta problemas com o furto de cabos, que só este ano aumentou mais de 200%.
A empresa diz que, desde o começo da pandemia, teve um prejuízo de mais de R$ 600 milhões, e que, no ano passado, entrou com um processo de recuperação judicial.
O volume de atrasos, vandalismos e furto de cabos aumentou de forma significante nos últimos anos.
O descumprimento de investimentos necessários, previstos no contrato de concessão, tem prejudicado os passageiros no dia a dia.
Em nota ao noticiário local, a Secretaria de Estado de Transportes informou que “eventuais pendências nos investimentos da Supervia fazem parte do oitavo e do nono aditivos ao contrato de concessão. E que esse assunto vem sendo tratado em negociações com a empresa”.
A Supervia afirmou que “enviou ao Governo do Estado a comprovação de investimentos previstos no contrato de concessão”.
O Mobilidade Rio entrou em contato com a Agetransp para saber se de fato essa multa será paga.