A SuperVia, concessionária responsável pelo serviço ferroviário no Rio de Janeiro, encontra-se no centro de negociações e incertezas quanto ao seu futuro. A controladora da empresa, Gumi Brasil, demonstrou interesse em ceder o controle da operação, o que poderia ocorrer por meio da venda das ações que conferem o direito de comando.
No entanto, apesar das especulações, até o momento não foi enviada nenhuma manifestação formal de interesse à Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana, órgão responsável pela avaliação técnica e aprovação de qualquer alteração no contrato de concessão.
Enquanto isso, os passageiros enfrentam dificuldades diárias com o serviço prestado pela concessionária. Silvana Costa, moradora do Méier, relata ter deixado de utilizar os trens da SuperVia devido à má qualidade do serviço, destacando a falta de manutenção das instalações, como a escada rolante da estação local, que está inoperante há meses.
O contrato atual da SuperVia prevê a possibilidade de renovação automática da concessão até outubro de 2048, sujeita ao cumprimento de todos os investimentos estipulados. No entanto, a controladora da concessionária declara que não pretende realizar novos investimentos na empresa.
Enquanto a Gumi Brasil busca interessados na aquisição das ações de controle da SuperVia, a Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana afirma estar cobrando da concessionária o cumprimento dos compromissos estabelecidos, respeitando a legislação vigente, para garantir que os serviços sejam prestados com dignidade e qualidade à população.