As estações Riocentro, no corredor Transolímpica, e Penha 1 e Penha 2, no Transcarioca, tiveram equipamentos furtados na manhã de domingo, dia 26 de julho de 2020.
A Riocentro precisou ser fechada para reparos e ainda não há previsão de reabertura. O mesmo deve ocorrer com o módulo parador de Penha 1 e Penha 2, que estão funcionando precariamente.
Na madrugada de sábado, vândalos arrebentaram as grades do Terminal Santa Cruz, no corredor Transoeste, para entrar na estação sem pagar a passagem. Atos de vandalismo e furtos de equipamentos nas estações prejudicam a operação do sistema e impactam diretamente na vida dos passageiros, que ficam sem as melhores opções para embarque e desembarque.
“Temos observado um crescimento significativo de ocorrências desse tipo, mas não podemos tratar isso como algo normal. Vandalismo, furtos e calotes são crimes tipificados pela lei e a sociedade precisa reagir sob risco se tornar eterna refém dos criminosos. Apesar da situação de colapso financeiro em que se encontra, o BRT Rio vem fazendo um esforço muito grande para recuperar as estações gradativamente, oferecendo mais conforto e praticidade aos usuários, mas precisamos do apoio do poder público para coibir esses crimes e que os próprios passageiros denunciem essas ações criminosas”, afirma o presidente executivo do BRT Rio, Luiz Martins.
Estações fechadas por vandalismo ou furtos de equipamentos são apenas um dos graves problemas que o BRT Rio vem enfrentando. Soma-se a isso a não concessão de reajuste da tarifa, política de gratuidades, calotes e concorrência de transporte ilegal.
Após o anúncio das medidas restritivas, em março, o BRT Rio chegou a registrar redução de 75%. Mesmo com o retorno de 25% dos passageiros ao sistema, ainda não foi possível equilibrar as contas.
Com perda de receita de R$ 100 milhões nos últimos quatro meses, o risco de o BRT Rio interromper a operação a partir de agosto é cada dia maior.
De abril até agora, 10 estações foram fechadas exclusivamente por causa de depredação. Além disso, 24 estão inoperantes em razão de ações contra a pandemia. Infelizmente, estas também foram vandalizadas. Cerca de 100 estações foram depredadas e tiveram equipamentos furtados desde abril.
É importante destacar que a segurança em terminais e estações é atribuição do poder público, conforme estabelece a legislação. As ações dos operadores de estação do BRT Rio são em caráter de orientação aos passageiros para as operações do sistema.
Ou seja, eles não têm poder de polícia, da mesma forma que os motoristas também não têm. Coibir transgressões, delitos e crimes de qualquer natureza é atribuição das forças policiais, sejam do Município ou do Estado do Rio de Janeiro.
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