Aumentam os casos de vandalismo na SuperVia: impactos e medidas adotadas

Os crimes contra o sistema ferroviário da SuperVia têm impactado significativamente a operação dos trens e gerado prejuízos milionários. Nos primeiros quatro meses deste ano, a concessionária registrou 1.241 casos de vandalismo, um aumento de 650% em comparação ao mesmo período do ano passado. Os atos de vandalismo incluem quebra de janelas, pichações, furtos de assentos e danos aos difusores do ar-condicionado, entre outros.

Essas ações não apenas causam atrasos nas viagens, mas também aumentam os riscos de acidentes e afetam a manutenção e limpeza dos trens. Uma composição pode ficar fora de serviço por dois dias para a troca de um para-brisa ou até três meses se o dano envolver cabos de alta tensão.

O ramal de Deodoro é o mais afetado, concentrando mais de 30% das ocorrências de vandalismo, com destaque para as estações Maracanã, Madureira, São Cristóvão e Engenho de Dentro. No ramal Japeri, as estações Nova Iguaçu, Ricardo de Albuquerque e Nilópolis também apresentam altos índices de vandalismo.

Equipamentos e instalações como banheiros, fios de energia, cadeados, portas, portões, placas, grades, lixeiras e câmeras são frequentemente vandalizados. Nos trens, a SuperVia registrou 1.162 ocorrências de destruição de visores.

Apesar da redução nos furtos de cabos, esses crimes continuam prejudicando os 320 mil passageiros diários. De janeiro a abril deste ano, ocorreram 226 furtos de cabos, totalizando 12.121 metros, uma redução em comparação com os 24.275 metros furtados no mesmo período de 2023.

A SuperVia lançou uma campanha nas redes sociais incentivando os passageiros a denunciarem atos criminosos de forma anônima, utilizando um QR Code. Em três meses, quase 300 denúncias foram registradas, abrangendo casos de vandalismo, desordem urbana, segurança pública, entre outros.

Para combater esses crimes, a SuperVia implementou diversas medidas, incluindo a substituição de cabos furtados por cabos de alumínio na estação Maracanã, instalação de grades de proteção, dispositivos antifurto, substituição de ralos de ferro por concreto, troca de vidros por drywall e de para-brisas de vidro por policarbonato.

Também foram adotadas medidas para reduzir o tempo de resposta das equipes, identificação de pontos frágeis, posicionamento estratégico nos Centros de Comando e Controle, atuação de equipes móveis, análise de padrões de ocorrências e compartilhamento de dados com autoridades policiais.

Deixe um comentário