A Supervia comunicou oficialmente ao governo do Rio de Janeiro que não quer mais operar os trens urbanos no estado.
A empresa afirma que não tem condições de fazer grandes investimentos como tinha sido pedido pelo governo. E citou ainda outros motivos para a decisão:
- Crise financeira de 2019;
- Perda da receita com a pandemia;
- Prejuízo com o furto de metais e cabos;
- Congelamento da tarifa contratual.
O governador Cláudio Castro usou as redes sociais para confirmar a informação e disse que vai fazer um novo modelo de concessão.
Segundo Cláudio Castro, “será feita uma transição transparente e tranquila, garantindo o funcionamento dos serviços até a escolha de uma nova empresa”.
O Governo do Estado reforçou que o serviço à população não será interrompido e que novas reuniões entre a Mitsui e a Secretaria Estadual de Transportes serão marcadas para alinhar o processo de transição.
A Supervia opera hoje em doze municípios ao longo de 270 quilômetros de malha ferroviária, divididas em 5 ramais, 3 extensões e 104 estações.
A concessionária possuí uma frota de 201 trens e transporta cerca de 350 mil passageiros (antes da pandemia, eram 600 mil).
O bilhete de trem custa R$ 7,40, e R$ 5 para quem tem o Bilhete Único Intermunicipal habilitado. Já a integração trem + metrô ou ônibus intermunicipal sai por R$ 8,55.
Ainda não há uma data fechada para a devolução das linhas e trens a governo estadual.