CPI dos Trens: Deputados avaliam em vistoria que ramal de Belford Roxo é o mais degradado do sistema ferroviário

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Roxo
Foto: Rafael Wallace/Alerj
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Após vistoriar os ramais Santa Cruz, Saracuruna e Japeri, a CPI dos Trens, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), inspecionou nesta segunda-feira (30/05) o ramal Belford Roxo. Além dos problemas comuns aos outros ramais, como buracos nos muros das vias, muito lixo e presença do tráfico de drogas, impressionou aos deputados a quantidade de pessoas morando às margens da linha férrea, o que fez os parlamentares presentes constatarem que esse é o pior ramal de todo o sistema ferroviário operado pela SuperVia.

Para a presidente da comissão, deputada Lucinha, o serviço de trens é um sistema falido: “É assustadora a quantidade de lixo e de ocupações irregulares. É um sistema falido. A SuperVia tem que fazer investimentos, não dá mais para aceitar essa situação. É o pior ramal, muita sujeira e favelização”.

Já o deputado Waldeck Carneiro destacou a necessidade de investimentos também por parte do governo. “Dos quatro ramais, este é disparado o pior. Pessoas vivem ao longo da linha férrea, numa situação de insalubridade, indignidade e desumanidade. Elas podem abrir a porta de suas casas e o trem passar por cima. Vimos também a olho nu o tráfico de drogas e os ‘mini lixões’. Há uma saída, temos 17 bilhões de reais disponíveis pelo programa Pacto RJ. Em vez de fazer pirotecnia e fanfarronice, o governo deve investir em obras estruturantes”, declarou.

A deputada Enfermeira Rejane acredita que as condições do serviço de trens só irão melhorar com parcerias entre o poder público e empresas privadas. “Vimos um descaso impressionante. Eu aposto em parcerias público-privadas, com grandes empresas assumindo investimentos junto ao governo e à SuperVia. O retorno viria com a divulgação de suas marcas”, comentou a parlamentar.

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Por fim, o deputado Giovani Ratinho chamou a atenção para os efeitos da má prestação do serviço de trem em outros modais. “Sou morador da Baixada Fluminense e com tristeza vejo este abandono total. O usuário deixa de usar o sistema e sufoca outros meios de transporte. O estado precisa atuar de forma emergencial. Diziam que com a privatização o serviço iria melhorar, mas isso não aconteceu”, afirmou.

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