Ônibus vermelhinhos são apontados como um dos principais atrativos de Maricá

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Maricá foi a primeira cidade do Brasil a ofertar transporte público com Tarifa Zero para a população. Desde 2014, quando foi criada a Empresa Pública de Transportes (EPT), o município garante a moradores e visitantes o direito de ir e vir de forma ilimitada, cumprindo um direito social que consta na Constituição Federal. A iniciativa é um dos principais motivos pelos quais a cidade tem crescido nos últimos anos.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a 2022, confirmam que a população, atualmente com 197.300 pessoas, cresceu 54,87%, em relação a última pesquisa em 2010, quando a cidade tinha 127.461 habitantes.

“A pesquisa retratou o trabalho de toda a gestão municipal de Maricá em favor da população. Além de ser um direito para todos, o transporte de Tarifa Zero incentivou o crescimento populacional na cidade. Em 2024, aumentaremos em 30% o número de ônibus na cidade para atender à demanda que vem crescendo. A EPT trabalha diariamente na melhoria e na efetividade do serviço público de transporte coletivo de passageiros no município”, disse o presidente da EPT, Celso Haddad.

A frota total da EPT conta com mais de 125 ônibus e 39 linhas que circulam pelos quatro distritos da cidade, fazendo cerca de 3.5 milhões de deslocamentos por mês. Um levantamento feito pela empresa aponta que a população da cidade economizou, apenas no ano de 2022, mais de R$ 161 milhões com tarifas no transporte que equivalem a mais de R$ 13 milhões por mês.

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Moradores aprovam iniciativa pública

O pedreiro Rodolfo da Silva, 37 anos, saiu da Serra da Raiz, na Paraíba, de mudança para Maricá em 2007. Apaixonou-se por Itaipuaçu e lá decidiu morar. Viu o bairro crescer, ganhar asfalto, água encanada e ônibus gratuito. Uma verdadeira transformação.

“O vermelhinho foi uma ajuda muito grande que a prefeitura deu para a população, porque muitas famílias não tinham condições de ficar pagando ônibus. Mães tinham dificuldade de arcar com os custos das passagens para levar os filhos na escola e depois irem trabalhar. Adolescentes tinham que ir andando para chegar em suas escolas. Então, nós só temos a agradecer ao prefeito de Maricá”, avalia o pedreiro.

A operadora de caixa Beatriz Rodrigues mudou-se de Tribobó, em São Gonçalo, em 2013, para Itaipuaçu, bairro que escolheu para viver e onde, além de emprego, constituiu sua família. Casada, ela cria os seus três filhos, Gabriel, Lorenzo e Helena no bairro que mais cresce e atrai novos moradores para a cidade.

“Na minha opinião, esse é o melhor local que tem para morar. Não tem nem como comparar Maricá a nenhuma outra cidade do Rio de Janeiro. Aqui há investimento nos direitos da população, coisa de outro mundo. Aqui, a gente pode sair para trabalhar, resolver questões e deixar os filhos num lugar seguro onde se divertem e aprendem. Sempre fazemos uso do transporte tarifa zero. Além de levar as crianças para a escola, eu ainda posso passear com elas por diferentes lugares no final de semana e no feriado. O vermelhinho me ajuda muito”, destacou.

Estagiário de Publicidade e Propaganda, Brener Silva, de 26 anos, veio do Coroado, outro bairro da cidade de São Gonçalo, para o Jardim Atlântico, em Itaipuaçu, há aproximadamente 12 anos. Atualmente mora no Recanto, outro bairro de Itaipuaçu.

“Vim morar em Maricá porque São Gonçalo já estava numa crescente de roubos e assaltos. Em Itaipuaçu, encontramos a paz e a tranquilidade que procurávamos. Mas aqui, além da calmaria, adquirimos vários outros benefícios como a possibilidade de usar o vermelhinho diariamente para chegar no trabalho sem pagar passagem. Ir e vir é um direito nosso de constituição, mas ter esse direito garantido, não é algo que se vê em todo lugar. É raro. Isso me deixa realmente sem palavras”, comemora Brener, que também trabalha como designer.

Moradora do Boqueirão, Rosângela Monteiro, 58 anos, mudou-se para Maricá há dez anos e sete meses. Veio da Pavuna, do Rio de Janeiro, e utiliza o transporte público diariamente.

“Aqui, a gente pode se locomover para todo e qualquer lugar e da melhor forma, de graça. Isso é maravilhoso porque a gente pode economizar o dinheiro da passagem e utilizá-lo para várias outras coisas. Eu faço faculdade de Educação Física na Universidade Vassouras, no Flamengo, pelo Passaporte Universitário e não tenho problema nenhum para chegar lá. Vou de vermelhinho. Também uso o ônibus para trabalhar e para passear, embora em bem menor quantidade, mas pela minha falta de tempo mesmo”, declara a costureira.

Mateus Henrique Alexandrino Guimarães, 26 anos, morava em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Mudou-se para Maricá em maio deste ano. Morando no Centro da cidade, o professor, que também é historiador, fala sobre a importância do Tarifa Zero não só em seu cotidiano, mas no da população maricaense como um todo.

“Eu estou há pouco tempo na cidade, mas percebo como a população usa e como ele alcança a maioria dos locais da cidade. A nível financeiro, eu tive uma poupança absurda nessa mudança, colocando na ponta do lápis. Além de você integrar a cidade e entender a mobilidade pública como um direito da população. Então, é uma política pública que deu certo e que eu torço para que seja expandida para todos os municípios do Rio de Janeiro. E estabelecendo uma comparação, já que eu venho da Baixada Fluminense, onde o transporte municipal é pago, mesmo sendo gratuito, a qualidade do serviço é melhor em Maricá do que dos locais de onde eu vim, seja em assiduidade e na estrutura dos veículos, explica Mateus.

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1 COMENTÁRIO

  1. SO FALTA COLOCAREM MOTORISTAS PROFISSIONAIS E EDUCADOS. A MAIORIA DELES DEIXAM PASSAGEIROS NAS MAOS SEM PARAR NOS PONTOS
    HA INUNERAS RECLAMACOES FEITAS NA OUVIDORIA, POREM, INUTEIS. QD HOUVER PUNICOES COM DEMISSOES EM MASSA DESSES PESSIMOS PROFISSIONAIS, TUDO SERA MELHOR.

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