Obras do Metrô da Gávea seguem paralisadas após promessas de retomada

Apesar das promessas reiteradas pelo governo do estado, as obras do metrô da Gávea, no Rio de Janeiro, permanecem paralisadas. O secretário estadual de Transportes, Washington Reis, havia indicado anteriormente que as questões pendentes seriam resolvidas até abril, posteriormente estendendo o prazo para maio. No entanto, quase dois meses depois, o canteiro de obras ainda permanece vazio.

O impasse se deve à espera pela homologação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Este documento, firmado entre o estado, concessionárias e o Ministério Público, é crucial para que as obras possam ser retomadas. O TCE recebeu o TAC em 14 de maio, mas sua análise pelos conselheiros ainda não tem uma data definitiva para ser concluída.

A construção da estação do metrô da Gávea está estimada em cerca de R$ 700 milhões, com a MetrôRio, responsável pelas Linhas 1 e 2 da rede metroviária, investindo R$ 600 milhões. Em contrapartida, a empresa terá a unificação da concessão e a renovação dos contratos por mais 10 anos, enquanto o governo do Rio investirá os outros R$ 100 milhões necessários.

As obras de implantação da Linha 4, que inicialmente deveriam estar concluídas para os Jogos Olímpicos de 2016, foram paralisadas em 2015 devido a suspeitas de superfaturamento, conforme investigações do Tribunal de Contas do Estado. Desde então, o terreno ao lado da PUC, com dois buracos de 50 metros de profundidade, permanece abandonado, com medidas paliativas para garantir a segurança estrutural expirando em 2021.

A Associação dos Moradores da Gávea planeja protestos devido à demora na retomada das obras, criticando os prazos não cumpridos pelo governo estadual. O projeto atual prevê que a estação Gávea exigirá baldeação na estação São Conrado para conexões com o Leblon e outros bairros.

O TCE-RJ afirmou que trata o assunto com a devida atenção e rapidez, mas não pode ainda determinar uma data para a análise final do processo. Após a aprovação do TAC, espera-se que as obras, paradas há quase uma década, finalmente possam ser reiniciadas.

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