A Changi Airports International decidiu devolver a concessão do Aeroporto do Galeão ao Governo Federal. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022.
O grupo Changi atribui a decisão à má situação econômica brasileira desde 2014, piorada pela Covid-19, em 2020. Atualmente, a concessionária RIOgaleão é responsável pela operação e manutenção do aeroporto.
A concessionária informou que continuará operando o aeroporto até que o pedido de entrega do ativo seja aceito pelo Governo Federal.
O Ministério da Infraestrutura informou que a Changi protocolou junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o pedido de devolução voluntária do aeroporto ao Governo Federal.
“A solicitação ainda será avaliada pela diretoria da agência, mas abre caminho ao processo de relicitação porque a empresa de Singapura detém 51% da RioGaleão, concessionária que administra o terminal aéreo – os outros 49% pertencem à Infraero. Com a saída da controladora, o ativo concedido em 2013 pode ser novamente licitado”, disse o órgão federal.
O aeroporto foi concedido para a iniciativa privada em 2013, com um lance de 19 bilhões de reais de um consórcio que incluiu a Odebrecht, hoje Novonor.
Leilão conjunto entre Santos Dumont e Galeão
Após o anúncio da saída do grupo Changi, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou que o leilão do Aeroporto Santos Dumont será adiado para 2023, junto com o Aeroporto do Galeão.
A previsão, segundo o ministro, é de que os dois terminais do Rio de Janeiro sejam concedidos no segundo semestre de 2023 para o mesmo operador, em uma 8ª rodada de licitações de aeroportos.
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