Castro determina suspensão das negociações entre o Estado do RJ e a Supervia

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Foto: Divulgação
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Após meses de negociações e uma série de falhas operacionais da SuperVia, o governador Cláudio Castro anunciou, nesta quinta-feira, dia 07 de abril de 2022, a suspensão das conversas com a concessionária até a normalização dos serviços prestados. Nesta quarta-feira, a circulação dos trens foi interrompida novamente com o fechamento por mais de quatro horas de 54 estações na Baixada Fluminense.

“O serviço é totalmente incompatível com o que a população do Rio de Janeiro merece e está longe do que o governo do estado espera de uma concessionária. É inconcebível que, diante da falta de qualidade e dos inconvenientes impostos à população, a SuperVia se sinta confortável em aumentar a tarifa. Seria muita cara de pau!”, declarou o governador.

A Secretaria de Estado de Transportes e a Central Logística, em conjunto com a Agetransp, fez uma vistoria técnica nesta sexta-feira, dia 08 de abril, em um dos ramais de trens para verificar as condições operacionais da concessionária.

“É inadmissível atribuir todas questões a furto de cabos. É falta de manutenção, de conservação, composição sem controle invade plataforma de embarque, viagens são interrompidas por queda de rede área e os atrasos se tornaram rotina para os usuários. A Segurança Pública e as forças policiais não serão usadas como desculpa para os problemas da SuperVia. O Estado do Rio de Janeiro, a população e este governo não vão tolerar insuficiência técnica”, afirmou Cláudio Castro.

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Além dos resultados da força-tarefa que atua desde setembro de 2021 para coibir furtos de cabos, a Polícia Militar vai dar início a um plano de retomada de doze estações consideradas perdidas pela concessionária. A Secretaria de Estado de Polícia Militar informou ainda que pediu um plano de recuperação de muros à empresa com o objetivo de dar apoio à iniciativa, mas não obteve nenhum retorno.

“É preciso cumprir o que está em contrato e não ficar pensando em recurso público para, depois, fazer a parte que cabe à concessionária. O usuário não será penalizado, pelo contrário. Se a Supervia quiser qualquer recomposição, só vai conseguir quando, na prática, a vida do usuário melhorar. Se não quiser, que entreguem a concessão e o governo do estado negocia com o próximo”, concluiu o governador.

No últimos dez anos, a concessionária deixou de investir em cinco setores importantes da rede ferroviária de transporte, resultando nos inúmeros problemas apresentados atualmente.

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