O RIOgaleão inaugurou uma sala sensorial dedicada ao acolhimento de passageiros com Transtorno do Espectro Autista (TEA), localizada na área restrita do embarque doméstico. O novo espaço integra o Programa de Acolhimento ao Passageiro com TEA, do Governo Federal, e tem como objetivo garantir uma experiência de viagem mais acessível, empática e segura para pessoas com diferentes sensibilidades sensoriais.
Sala sensorial adaptada para passageiros com Transtorno do Espectro Autista
A equipe de arquitetura do aeroporto desenvolveu o ambiente de 25 m² em parceria com a Kube Arquitetura. A arquiteta Ana Paula Chacur, especialista no tema e mãe de uma adolescente com TEA, também participou do projeto. A proposta envolve a aplicação de uma metodologia de arquitetura sensorial que considera estímulos visuais, táteis, auditivos, olfativos e até gustativos. Ela simula a experiência de voo e proporciona um ambiente controlado e acolhedor.
No espaço, os passageiros encontram luzes coloridas, paisagens em movimento nas janelas, cadeiras vibratórias, sons típicos de voos e aromas suaves. A equipe planeja todos os detalhes para ajudar no preparo emocional antes do embarque e oferecer suporte nos momentos de maior sensibilidade.
Acomodação sensorial e inclusão no embarque
Além da sala de estímulos, o aeroporto também criou a Sala de Acomodação Sensorial, voltada para passageiros em crise ou que necessitam de um espaço de refúgio. Com iluminação suave e poltronas estofadas, o local promove sensação de segurança e permite que os usuários se reequilibrem sensorialmente antes de seguir viagem.
Para reforçar a inclusão, agentes de terminal ficam disponíveis para orientar e acolher passageiros. O RIOgaleão também oferece abafadores de ruídos, especialmente úteis para pessoas com hipersensibilidade auditiva ou Transtorno do Espectro Autista, que podem ser retirados no Terminal 2 e devolvidos nos portões de embarque.
Com funcionamento 24 horas por dia, todos os dias da semana, as salas representam um avanço significativo em acessibilidade e respeito à diversidade de perfis sensoriais no transporte aéreo brasileiro.