Governo do RJ desiste de reduzir tarifas de metrô e trem para R$ 4,70 por falta de orçamento

O governo do Rio de Janeiro desistiu oficialmente de reduzir as tarifas do metrô e dos trens para R$ 4,70, promessa feita em maio de 2025. A decisão foi confirmada em um ofício da Secretaria de Transportes, assinado pela secretária Priscila Sakalem, e obtido pela rádio CBN Rio, com divulgação feita pelo Diário do Rio. O documento aponta falta de orçamento e o déficit previsto de R$ 18,9 bilhões para 2026 como os principais motivos para o cancelamento da proposta.

Segundo o ofício, o governo estadual tentou encontrar uma forma de subsidiar a “Tarifa RJ”, que reduziria o valor das passagens. Mas não conseguiu viabilizar o projeto diante das restrições financeiras. Com a decisão, cerca de R$ 15 milhões que seriam destinados à campanha publicitária para promover a nova tarifa serão remanejados. A secretária determinou ainda que a veiculação da campanha sobre o tema seja suspensa.

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  • A coluna Conversa de Bastidor, da CBN Rio, revelou a proposta em 14 de maio. O então secretário Washington Reis defendeu a ideia e estimou R$ 300 milhões em subsídios para custear a redução. Reis chegou a afirmar que a medida representaria “o maior legado do governador Cláudio Castro”. No entanto, o governador desautorizou o secretário e decidiu demiti-lo em julho.

    Queda no número de passageiros

    O governo esperava que a redução das tarifas ajudasse a recuperar a queda no número de passageiros. Especialmente no metrô, que possui a passagem mais cara do país. Em 2019, antes da pandemia, o sistema transportou 252 milhões de pessoas; em 2024, esse número caiu para 184 milhões – uma redução de 27%.

    Novos estudos

    Em nota, a Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana informou que está elaborando novos estudos sobre o impacto da redução das tarifas, levando em conta a atual situação fiscal. O governo destacou a importância de medidas que beneficiem o poder de compra da população. Mas ressaltou que qualquer decisão precisa respeitar os limites da responsabilidade fiscal diante do cenário de déficit.

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