A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou a empresa que irá implementar o transporte por barcas no complexo lagunar da Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. O projeto prevê oito linhas obrigatórias de barcas conectando pontos de grande movimento na região, com tarifa de R$ 4,30.
O Jardim Oceânico receberá linhas que ligarão à Muzema, Marapendi, Gardênia e Rio das Pedras. A comunidade do Rio das Pedras terá barcas em direção à Linha Amarela e ao Barra Shopping. Outra linha fará o percurso Linha Amarela-Muzema-Metrô e haverá uma barca circular em Jacarepaguá.
Além disso, outros 18 terminais e estações, ainda em fase de estudo, poderão ser incluídos no projeto dependendo do interesse dos investidores. A previsão é que o sistema opere com capacidade máxima de 85 mil passageiros por dia, com bilhetes de integração disponíveis para os usuários.
“Essa tarifa tem que estar integrada ao metrô, ônibus e à própria navegação aquaviária. Isso é fundamental e não pode onerar o usuário”, afirmou Marcus Quintella, diretor da FGV Transportes.
O Consórcio Lagunar Marítimo, que reúne a Construverde Construções e Serviços, a ECP Environ Consultoria e Projetos (administradora do Campo de Golfe Olímpico), e a Esfeco Administração Limitada (operadora do trem do Corcovado), será responsável pelo projeto. O grupo se comprometeu a investir R$ 100 milhões nos próximos 25 anos para viabilizar o negócio. Por contrato, o consórcio deve construir cinco terminais e seis estações no prazo máximo de seis anos.
A operação do transporte de passageiros pelas lagoas da Barra e Jacarepaguá dependerá também da dragagem das lagoas pela Iguá, a concessionária de água e esgoto da região. O prazo para conclusão da dragagem é de três anos, em 2027. Já o prazo para que as barcas estejam em funcionamento em todas as linhas obrigatórias é até 2029. O consórcio prevê investimentos próprios de R$ 6 milhões para completar a dragagem em rotas fora da área coberta pela Iguá.
“Alguns pontos não precisam de dragagem. Algumas situações vão precisar de licenciamento. Tudo isso fará parte de um plano de ação que será executado com essa premissa”, explicou José Raul Almeida, da ECP Environ.
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