Um total de 39 linhas e o aumento de cerca de 200 ônibus na frota operante são os principais resultados do primeiro balanço do acordo judicial firmado em 1º de junho. Após dois meses, a cidade já conta com aproximadamente 360 linhas operantes e o cronograma de retorno segue, segundo o compromisso jurídico celebrado entre a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), com os consórcios de ônibus e o Ministério Público Estadual para melhorias do sistema rodoviário da cidade.
“O sistema de transporte passava por uma crise profunda. Nessa nova fase, estamos fazendo ajustes na operação para a regularização da rede até novembro, com intervalos menores e mais previsibilidade. O objetivo é que, com o auxílio que estamos concedendo sem onerar o passageiro, as empresas possam investir na renovação de frota, na manutenção dos ônibus e na contratação de motoristas para um serviço de transporte mais adequado”, afirmou a secretária municipal de Transportes, Maína Celidônio.
Na primeira quinzena de julho, os ônibus percorreram mais de 1 milhão de quilômetros em comparação à primeira quinzena de junho. E, atualmente, há cerca de 450 pontos de ônibus que voltaram a ter atendimento, de um total de 700 pontos a serem contemplados até o fim do ano, locais estes que não passavam mais ônibus.
Desde a celebração do compromisso, houve o restabelecimento de ligações importantes em bairros e regiões antes sem ônibus. Áreas com serviços de ônibus precários ou desatendidas foram beneficiadas, como Tubiacanga e Aeroporto RioGaleão, na Ilha do Governador; Parque Columbia e Costa Barros; Vila Isabel, Santa Teresa, Alto da Boa Vista e Tijuca (Muda, Usina, Borel); Inhoaíba, Campo Grande (Vila Nova, Salim e Caboclos), Santa Cruz (Base Aérea e Vitor Dumas) e Sepetiba, ligados agora a centralidades e rede de transporte público (trem, BRT); além das Vargens (Estrada do Rio Morto), Curicica, Taquara (Colônia, Pau da Fome), por onde passam linhas alimentadoras de BRT, e Pechincha (Retiro dos Artistas).
Sobre o acordo
O acordo tem o objetivo de normalizar, de forma gradual, as linhas que já estavam em circulação e a retomada de ligações inoperantes prioritárias, visando áreas mais desatendidas por transporte público. Além da receita da tarifa paga pelos passageiros, no valor de R$ 4,05, os consórcios recebem daPprefeitura pelo serviço efetivamente prestado, com base no quilômetro rodado e apurado pelo sistema de monitoramento por GPS estruturado pela SMTR.
Para ter direito ao subsídio de R$ 1,78 por quilômetro, é necessário cumprir diariamente pelo menos 80% da quilometragem definida e o número de viagens planejadas pela SMTR para cada linha, de acordo com o trajeto planejado. Sendo assim, o plano operacional não é feito mais com determinação de frota.
Nesta fase atual de implementação e ajustes do plano operacional, o monitoramento dos veículos por meio do GPS mostra uma evolução gradual da operação das linhas que retornaram, com o cumprimento cada vez maior da exigência de ao menos 80% da quilometragem diária definida e cumprimento do número de viagens previstas.