As péssimas condições dos serviços prestados pela Supervia seguem sendo avaliados na CPI dos Trens. Na segunda-feira, dia 18 de abril de 2022, o secretário estadual de Transportes, André Luiz Nahass, alegou que existem atualmente dois processos abertos para analisar o contrato de concessão com a SuperVia.
Um relatório da Setrans será encaminhado para a Casa Civil, para que haja decisão com relação à concessão. Segundo o secretário, é necessário dialogar com a SuperVia para definir se a concessionária permanecerá ou não no contrato.
Nahass defendeu a pasta das acusações de omissão e disse que, desde setembro, o Governo do Estado realiza ações de uma força-tarefa para “incrementar a fiscalização”.
A reunião desta segunda-feira teve como tema as questões de infraestrutura e acessibilidade dos trens. De acordo com o secretário, a Setrans é responsável apenas por regular a relação entre o poder concedente e os usuários. Para a superintendente Raquel Lima, o trabalho de fiscalização é dificultado por falta de pessoas.
O presidente da Agetransp, Murilo Leal, também confirmou, na reunião, que um concurso público para formação de corpo próprio de fiscalização dos transportes está em processo de aprovação.
O presidente da Supervia, Antônio Carlos Sanches, disse que R$ 70 milhões foram gastos em 2021, e anunciou previsão de R$ 100 milhões para investimento em projetos de infraestrutura ainda este ano. De acordo com Sanches, além dos banheiros – existentes em apenas 21 das 104 estações – a concessionária vai fazer “tudo o que for necessário”.
A CPI dos Trens foi implantada pela Alerj em fevereiro para investigar os motivos dos constantes atrasos entre os horários de chegada e partida dos trens, superlotação das composições, furto de cabos, falta de acessibilidade e banheiros, além da precariedade de estações e dos vagões.