SuperVia teve pelo menos 36 interrupções em 2020 por tiroteios
Um levantamento do G1 junto à SuperVia mostra que em 2020 foram registrados 36 casos de tiroteios nas regiões das linhas férreas que afetaram a circulação de trens.
Essas ocorrências interromperam um ou mais ramais da concessionária por um total de 40 horas e 24 minutos.
O ramal mais afetado em 2020 foi o de Saracuruna, com 24 interrupções.
Um dos casos mais recentes, aconteceu no dia 21 de dezembro de 2020, quando um tiroteio na região da estação Costa Barros afetou a operação do Ramal Belford Roxo.
Em casos de tiroteios, os trens podem aguardar ordem de circulação em estações seguras, ou a circulação do ramal pode ser parcial ou totalmente suspensa.
Quando o tiroteio termina, a SuperVia realiza vistorias em cabos da rede aérea para garantir a retomada da operação.
Às vezes, os cabos são danificados pelos tiros, atrasando ainda mais a normalização da circulação.
“É lamentável que a insegurança pública coloque em risco a operação ferroviária e prejudique o ir e vir de milhares de clientes. Os trilhos passam por diversas regiões conflagradas, áreas de risco, que precisam de policiamento especializado e ostensivo, o que só pode ser garantido pelo poder público, como prevê o próprio contato de concessão”, disse o presidente da SuperVia, Antônio Carlos Sanches.
“Temos dialogado frequentemente com as forças de segurança do estado para que atuem nesses locais mais sensíveis”, completou.